Paul Wesley fala sobre seu novo filme, fãs e o fim de The Vampire Diaries.

Na era do entretenimento com temas vampirescos, Paul Wesley reina como Stefan Salvatore, o periodicamente carnívoro, periodicamente doce menino de ouro da “hit-série” da CW, The Vampire Diaries. O nativo de New Jersey foi franco sobre o fato de interpretar um adolescente nos seus 30 anos de idade, e também de muitas outras coisas quando encontramos com ele recentemente. Leia para saber sobre suas esperanças para o principal romance de The Vampire Diaries, o porquê de ele nunca tuitar de minuto em minuto, e seus planos pós-TVD.

THE VAMPIRE DIARIES está explorando novos territórios nessa temporada agora que Elena é uma vampira. Você acha que esse desenvolvimento vai ter efeitos duradouros sobre o relacionamento de Stefan e Elena?
Creio que sim. É uma coisa meio hilária quando você está fazendo uma série de TV, onde as apostas são tão altas e você está tentando pensar em um nível realista. Ela é uma vampira, então obviamente terá um efeito, mas no mundo da televisão, no mundo de The Vampire Diaries, temos que suspender nossa descrença. Talvez exista um jeito de salvar o relacionamento e fazê-lo voltar a ser como antes, mas eu espero que isso não aconteça. Pessoas mudam, e eu sei que eles são a história romântica de amor pela série inteira, mas eu acredito potencialmente que eles podem achar um tipo diferente de romance que não é tão ingênuo quanto era antes. Na primeira temporada, eles eram mesmo amantes ingênuos que não tinham noção do término iminente de um relacionamento. Soa bem negativo, eu sei.
Geralmente, seu personagem, o Stefan, teve um arco na história bem multidimensional. Você acha que é mais ou menos difícil manter seu personagem preso, à medida que a história progride?
De certa foram, estamos interpretando super-heróis, e quando você assiste a qualquer filme de super-herói, você tem que acompanhá-lo. Tanto quanto é um drama/romance adolescente, também é essa aventura. Acho que como um ator, você tem que se comprometer a isso. Não é como se eu estivesse retratando Abraham Lincoln, entende? Estamos fazendo um show sobre vampiros. Então para mim, é interessante se tornar sedento por sangue e um assassino sociopata, e depois voltar a ser um herói novamente. Acho que esses extremos são totalmente “ok”. Mas sim, obviamente é muito difícil. Como um ator, você fica tipo, “O que está acontecendo agora? Como nos livraremos de tanto assassinatos, e não tem nenhum policial investigando? A FBI não vem a Mystic Falls porque 500 pessoas morrem todo mês?” Mas eu tento não pensar nesse tipo de coisa.

O anel que lhe permite andar na luz do dia também é um pouco agradável aos olhos da moda. Você o usaria ou já usou na vida real?
Eu nunca usaria aquele anel, mas eu uso dois anéis. Aquele anel parece muito com um anel de faculdade ou de alguma fraternidade. Não gosto muito dessas coisas, mas eu uso um que meu avô me deu. Uso constantemente. É um anel antigo da Mongólia, e eu uso minha aliança também, claro.

 O que podemos esperar de Stefan pelo resto da temporada?
Acho que como Elena e Damon começam a se aproximar, creio que Stefan vai perder um pouco o juízo. Eu sempre “agradeço” isso, de coração. Então eles estão procurando uma cura para Elena. É uma coisa interessante ver se Stefan continua se importando em achar essa cura ou se ele vai ficar tipo, “Você está ficando com meu irmão. Não me importo mais.” Veremos. Não sei o que ele vai fazer. Eu gosto quando ele não é previsível.

Estou sabendo que a medalhista de ouro Gabby Douglas vai aparecer no próximo episódio. O que você pode nos dizer sobre a personagem dela?
Para ser honesto com você, eu não acho que é algo fundamental. Acho que ela é apenas uma grande fã da série, e nós estamos muito orgulhosos dela por ter representado nosso país, obviamente. Acho que foi só um tipo de coisa rápida e divertida. Não acho que seja uma personagem necessária, com todo o devido respeito.

Você tem uma base de fãs tão leal e sólida em The Vampire Diaries. Você imaginou algo parecido quando começou a atuar?
Não mesmo, porque Crepúsculo ainda não tinha aparecido, ou talvez sim. Sabe, existiam estrelas adolescentes, eu estava com meus vinte e poucos anos e achei que essa fase da minha vida havia acabado. Não achei que estaria no show da CW. Eu aproveito isso demais. É uma ótima história pra contar.
  
Qual a coisa mais estranha que um fã pediu de você?
A pessoas pedem para eu assinar os seus braços e depois tatuam a assinatura.

Você pratica sua assinatura?
Não. É uma assinatura terrível. Sinto-me mal por eles.
  
O que o inspirou a se tornar um ator?
Eu ia para uma escola católica para meninos, e eu não jogava nenhum esporte porque eu fui expulso do time de hockey, e eu precisava de alguma coisa pra fazer. Estava entediado em Jersey. Então eu comecei a ter aulas de atuação em Manhattan e se tornou minha coisa. Eu pegava o trem para a cidade todo santo dia e tinha aulas de atuação e teatro, e me apaixonei.
  
Que atores você admira?
Eu gosto bastante de Phillip Seymour Hoffman. Eu admiro mais diretores do que atores, porque eu acho que diretores seriam bons atores. Admiro grandes contadores de histórias e cineastas como Stanley Kubrick e Ingmar Bergman. Esses são provavelmente meus dois diretores favoritos.
  
Quais filmes do Kubrick você gosta?
Todos. Não acho que ele já fez um filme do qual eu não gostei. O que eu gosto sobre o Kurbrick é que todos os seus filmes são bem diferentes. Tudo desde “2001-Uma Odisséia no Espaço” até “Laranja Mecânica” e “Nascido Para Matar”. Acho que toda vez que assisto a um filme do Kubrick, fico hipnotizado. Não consigo tirar meus olhos da tela. E tem esse filme do Ingmar Bergman chamado “Cenas da Vida Conjugal”. Ele é o tipo de diretor que você assiste e sente como se você estivesse vendo um documentário ou o fragmento da vida de alguém. Você não pensa mesmo que está assistindo dois atores em frente a uma câmera.
  
Conte-me sobre seu próximo filme, Baytown Outlaws e seu personagem, Reese.
É um sensacional e violento tipo de comédia nas veias de Quentin Tarantino ou Robert Rodriguez. É definitivamente para um tipo bem específico de audiência por ser bem nojento. Eu fiz o filme porque queria fazer algo que não fosse PG(LINK DA EXPLICAÇÃOhttp://www.englishexperts.com.br/2007/01/17/o-que-e-a-classificacao-pg/). The Vampire Diaries é bem sangrento, mas esse é definitivamente adulto, avaliado para adultos mesmo. Minha personagem é um detetive perseguindo criminosos – Billy Bob Thornton é um deles. Ele tem uma esposa e filhos, e essa é outra coisa que me atraiu para o papel, porque eu interpreto um cara de 17 anos de idade na TV, e tenho 30. Queria interpretar alguém um pouco mais velho.

Como foi sair da área sobrenatural?
Foi bom, mas eu me encontro num mundo de fantasia de qualquer jeito. Baytown Outlaws tem um pouco de Mad Max. Toda essa merda acontece e você fica tipo, “O quê? Como isso está acontecendo agora?” Você tem que suspender sua descrença. Não é ficção científica, mas é uma fantasia de certo modo.

Obviamente, The Vampire Diaries inevitavelmente terminará. O que você tem planejado para quando isso acontecer?
Sério? Não. Nunca! Eu vou estar com 45 anos de idade e ainda interpretando o Stefan (risos). Obviamente, irei trabalhar como ator, mas também estou escrevendo e produzindo um filme agora, com um diretor e escritor muito talentoso. Faremos isso próximo ano. Também ficarei atrás das câmeras, e esperançosamente vou dirigir a mim mesmo. Para mim, eu não sou apenas interessado em atuar, gosto também do processo de fazer televisão ou filmes. Definitivamente ficarei nessa área, mas planejo focar em vários outros pontos diferentes além do na frente das câmeras.

Sobre o twitter, seus tweets tendem a ser bem profundos. Você fala sobre meditação transcendental, Richard Dawkins, e leis de controle do armamento. Qual sua opinião sobre o que uma presença na mídia social deve ser?
Interessante você perceber isso dessa maneira. Eu sempre sinto que sou chato no twitter. É uma daquelas coisas onde não quero falar besteiras para os meus fãs nunca, porque eles não me ouviriam. Se eu sinto que tenho algo a dizer, eu digo. Não suporto pessoas no twitter que tuitam toda hora. É a pior besteira mundana. Eu não tenho nada a dizer a não ser que seja algo que eu queira que alguém ouça. Eu li algo na GQ britânica que dizia algo como, “Um homem nunca deveria tuitar a não ser que ele melhore o som do silêncio.” Posso não ter tantos seguidores no twitter quando alguém que tuita de cinco em cinco minutos, mas estou bem com isso.

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