Leitura Semanal - Diários do Vampiro, o retorno: Meia-Noite #4
Erros ortográficos foram arrumados nos outros capítulos.
Sinopse: Elena retorna da Dimensão das Trevas, tendo liberto seu namorado vampiro Stefan Salvatore do aprisionamento... Mas não sem uma consequência. Sua salvação custará bastante. Ainda se recuperando do último choque, eles são forçados a encarar os demônios que dominaram Fell's Church. Elena deve tomar uma decisão que custará seu amor: Damon ou Stefan?
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Capítulo 5
— Eu pensei que você quisesse sair para que
pudéssemos conversar com Damon — Stefan disse, ainda de mãos dadas com Elena
enquanto ela fazia uma curva acentuada à direita para a escada bamba que os
levou para os quartos no segundo andar e, acima deste, para o sótão de Stefan.
— Bem, a menos que ele tenha matado Matt e
fugido, não há nada que nos impeça de falar com ele amanhã. — Elena olhou para
Stefan e mostrou-lhe suas covinhas — Segui seu conselho e pensei um pouco. Matt
é um quarterback bem forte e ambos
são somente humanos, certo? Enfim, é hora do seu jantar.
— Jantar? — Os caninos de Stefan responderam
automaticamente... Embaraçosa e rapidamente... À palavra.
Ele estava mesmo precisando dar uma
palavrinha com o Damon e fazer com que Damon entendesse que ele era um
convidado na pensão — nada mais que isso —, mas era verdade: ele poderia fazer
isso amanhã. Poderia até ser mais eficaz amanhã, quando a própria ira reprimida
de Damon se fosse.
Ele pressionou sua língua contra seus caninos,
tentando forçá-los a voltarem ao normal, mas a pequena estimulação deixou-os
mais afiados, cortando seus lábios. Agora, eles doíam com prazer. Tudo isso em
resposta a apenas uma palavra: jantar.
Elena deu-lhe um olhar provocante e riu. Ela
era uma daquelas garotas sortudas com uma risada bonita. Mas esta era
claramente uma risadinha maliciosa, vinda de seus planos vingativos de sua
infância. Isso fez com Stefan tivesse vontade de fazer cócegas nela só para
poder ouvir mais; isso fez com que ele risse com ela; fez com ele a pegasse e
exigisse saber qual era a graça.
Ao invés disso, ele disse:
— O que foi, amor?
— Alguém tem dentes pontudos. — Ela respondeu
inocentemente, rindo novamente.
Ele se perdeu em admiração por um segundo e
também, de repente, perdeu sua mão.
Rindo como uma
cascata branca e musical caindo sobre uma pedra, ela correu até as escadas em
sua frente, tanto para provocar quanto para mostrar que ela estava em boa
forma, ele pensou. Se ela tivesse tropeçado, ou vacilado, ela saberia que ele
decidiria que sua doação de sangue a machucaria.
Até agora, não pareceu ser prejudicial para
nenhum de seus amigos, ou ele teria insistido em dar um descanso para essa
pessoa. Mas mesmo Bonnie, tão delicada quanto uma libélula, não parecia estar
pior do que ela.
Elena correu até as escadas sabendo que
Stefan estava sorrindo por trás dela, e não havia uma sombra de desconfiança em
sua mente. Ela não merecia isso, mas só isso a deixava mais ansiosa para
agradá-lo.
— Você já teve o seu jantar? — Stefan perguntou assim que alcançaram seu quarto.
— Já faz um bom tempo; rosbife... Cozido. —
Ela sorriu.
— O que o Damon disse, assim que viu que era
você e viu o que você havia trazido?
Elena riu novamente. Não havia problema em
ter lágrimas em seus olhos; suas queimaduras e cortes doíam e o episódio com
Damon justificava qualquer sinal de choro.
— Ele chamou de hambúrguer sangrento; sendo
que era bife tártaro. Mas, Stefan, eu não quero falar sobre ele agora.
— Não, claro que não quer, amor.
Stefan estava imediatamente arrependido. E
ele estava tentando tanto não parecer ansioso para se alimentar... Mas ele não
pôde controlar seus caninos.
E Elena também não estava com disposição para
brincadeiras. Ela se empoleirou sobre a cama, tirando com cuidado os curativos
que a Sra. Flowers havia posto. Stefan, de repente, pareceu perturbado.
Amor...
Ele parou abruptamente.
O que
foi? Ela terminou com as bandagens, estudando o rosto de Stefan.
Bem,
talvez pudéssemos tirar do seu braço dessa vez? Você já está com dor e eu não
quero trapacear com o tratamento anti-tétano da Sra. Flowers.
Ainda há espaço
aqui. Elena
disse alegremente.
Mas uma
mordida em cima desses cortes... Ele parou de novo.
Elena olhou para ele. Ela conhecia o seu
Stefan. Havia algo que ele queria dizer.
Diga-me,
ela o pressionou.
Stefan finalmente a olhou nos olhos, então
colocou seus lábios em seu ouvido:
— Eu posso curar as feridas. — Ele sussurrou.
— Mas... Isso significa ter de abri-las novamente para que possa sangrar. Isso
vai doer.
— Isso pode envenená-lo. — Elena disse
rispidamente. — Você não entende? A Sra. Flowers colocou Deus sabe o que
nisto...
Ela pôde sentir a risada dele, que enviou um
formigamento quente por sua coluna vertebral.
— Não se pode matar um vampiro tão
facilmente. — Ele disse. — Só morremos se você atravessar uma estaca em nossos
corações. Mas eu não quero machucá-la... Mesmo se isso a ajudar. Eu te
Influenciar para não sentir nada...
Mais uma vez, Elena o interrompeu.
— Não! Eu não me importo se doer. Contanto
que você receba o tanto de sangue que precisa.
Stefan respeitava Elena o suficiente para
saber que ele não devia fazer a mesma pergunta duas vezes. E ele mal podia mais
se conter. Viu-a deitar-se e, em seguida, estendido ao seu lado, inclinou-se
para chegar até os cortes manchados de verde. Ele lambeu gentilmente, num
primeiro momento, as feridas, e depois correu a língua de cetim sobre elas. Ele
não tinha idéia de como o processo funcionava ou quais produtos químicos
estavam indo para as lesões de Elena. Era tão automático quanto respirar para
os seres humanos. Mas depois de um minuto, ele riu baixinho.
O quê
foi? O que foi? Ela perguntou, sorrindo como se o seu hálito lhe fizesse
cócegas.
Seu
sangue está misturado com erva-cidreira, Stefan respondeu. A receita de cura da
Vovó tem erva-cidreira e álcool!
Erva-cidreira e vinho!
Isso é
bom ou ruim? Elena perguntou incerta.
É
bom... Mudar o cardápio. Mas ainda o seu sangue o melhor de todos. Está doendo
muito?
Elena
sentiu-se corar. Damon tinha curado sua bochecha desta forma, lá na Dimensão
das Trevas, quando Elena tinha protegido, com seu próprio corpo, uma escrava
ensangüentada de uma chicotada. Ela sabia que Stefan conhecia a história, e ele
devia saber que a linha branca em sua bochecha havia sido apenas a carícia da
cura.
Comparado
com aquilo, esses arranhões não são nada, ela enviou.
Mas um súbito arrepio passou sobre ela.
Stefan!
Eu nunca implorei por seu perdão por ter protegido Ulma, correndo o risco de
não ser capaz de salvá-lo. Ou pior... Por dançar enquanto você estava morrendo
de fome... Para manter a fachada até que pudéssemos pegar as Chaves Gêmeas...
Você acha que eu
me importo com isso? A
voz de Stefan simulava raiva enquanto ele fechava um corte em sua garganta. Você fez o que tinha que fazer para me
encontrar... Para me salvar... Depois de eu tê-la deixado aqui sozinha. Você
acha que eu não compreendo? Eu não merecia ser salvo...
Agora, Elena sentia
um pequeno soluço sufocá-la.
Nunca
diga isso! Nunca! E eu acho... Acho que eu sabia que você me perdoaria ou eu
teria sentido cada jóia que eu usei queimar. Nós tivemos que ir atrás de você
como cães atrás de raposas... E estávamos com tanto medo de que um passo em
falso poderia significar o seu enforcamento... Ou o nosso.
Stefan estava
abraçando-a mais forte agora.
Como eu
posso fazer você entender? Ele perguntou. Você desistiu de tudo... Até de sua liberdade... Por mim. Vocês se
transformaram em escravas. Você... Você... Foi Disciplinada.
Elena perguntou
descontroladamente:
Como
você sabe? Quem te contou?
Você me contou,
amada. Em seu sono... Em seus sonhos.
Mas, Stefan...
Damon tirou a dor de mim. Você sabia disso?
Stefan ficou em silêncio
por um instante, depois respondeu:
Eu...
Entendo. Eu não sabia disso.
Cenas diversas da
Dimensão das Trevas borbulhavam na mente de Elena. Aquela cidade de bugigangas
manchada de brilho ilusório, onde uma chicotada que espalhava sangue na parede
era tão apreciado quanto um punhado de rubis espalhados na calçada...
Amor,
não pense nisso. Você me seguiu, e você me salvou, agora estamos aqui juntos,
Stefan disse.
O último corte fora fechado, ele deitou a
bochecha sobre a dela.
Isso é
tudo que me importa. Você e eu... Juntos.
Elena quase estava
tonta de tão feliz que estava por ser perdoada, mas havia algo dentro dela,
algo que tinha crescido e crescido e crescido
durante a semana em que ela estava na Dimensão das Trevas. Um sentimento por
Damon que não foi resultado de sua necessidade pela ajuda dele. Um sentimento
que Elena pensou que Stefan pudesse compreender. Um sentimento que até poderia
mudar o relacionamento entre eles três: ela, Stefan e Damon. Mas agora, Stefan
pareceu assumir que tudo voltaria ao que era antes dele ser seqüestrado.
Ah, bem, por que se preocupar com o amanhã,
quando esta noite fora suficiente para fazê-la chorar de alegria?
Este
era o melhor sentimento do mundo: o conhecimento de que ela e Stefan estavam
juntos, e ela fez Stefan lhe prometer repetidamente que ele nunca a deixaria
para ir a outra busca, não importasse o quão breve, não importasse a causa.
Mesmo agora, Elena não pôde se concentrar no
que ela estava preocupada até poucos instantes.
Ela e Stefan sempre tinham encontrado o céu
nos braços um do outro. Eles estavam destinados a ficarem juntos para sempre.
Nada mais importava, agora que ela estava em casa.
“Casa”, era onde ela e Stefan estavam —
juntos.
Capítulo 6
Bonnie não conseguiu dormir depois da
conversa com Damon. Ela queria falar com Meredith, mas havia uma massa uniforme
e surda na cama de Meredith.
A única coisa que ela pôde pensar foi em ir à
cozinha e preparar uma xícara de chocolate quente, sozinha em sua miséria.
Bonnie não era boa em ficar a sós consigo mesma.
Mas quando ela se decidiu, quando ela chegou
ao térreo, ela não foi para a cozinha. Ela passou direto. Tudo estava escuro e
com uma aparência estranha na penumbra silenciosa. Acender uma luz só tornaria
as coisas mais escuras ainda. Mas ela conseguiu, com os dedos trêmulos, apertar
o interruptor que estava ao lado do sofá. Agora, se ela pudesse encontrar um
livro ou coisa parecida...
Ela estava agarrada ao seu travesseiro como
se fosse um ursinho de pelúcia, quando a voz de Damon disse atrás dela:
— Pobre passarinho. Você não devia estar
acordada a essa hora, você sabe.
Bonnie começou a falar e mordeu seus lábios.
— Espero que você não esteja mais ferido. —
Ela disse friamente, com toda sua dignidade, mas suspeitou que não havia sido
muito convincente.
Mas o que ela devia fazer?
A verdade é que Bonnie não tinha nenhuma
chance em vencer um duelo de esperteza com Damon — e ela sabia disso.
Damon quis dizer “Ferido? Para um vampiro, um
soquinho como aquele era...”
Mas, infelizmente, ele também era humano. E
doeu.
Não por muito tempo, ele prometeu a si mesmo,
olhando para Bonnie.
— Pensei que você nunca mais quisesse me ver.
— Disse ela, com o queixo tremendo.
Parecia ser cruel demais usar um passarinho
vulnerável. Mas que escolha ele tinha?
Eu vou fazer as pazes com ela de qualquer
forma, algum dia, eu juro, ele pensou. E ao menos eu posso ser agradável agora.
— Não foi isso o que eu disse. — Ele
respondeu, esperando que Bonnie não se lembrasse exatamente do que ele havia dito.
Se ele pudesse influenciar aquela
menina-mulher antes dele...Mas ele não podia. Ele era humano agora.
— Você disse que me mataria.
— Olha, eu tinha acabado de me transformar em
humano. Eu não acho que você saiba o que isso signifique, mas isso não tem
acontecido comigo desde que eu tinha 12 anos de idade, e ainda era um humano
comum.
O queixo de Bonnie continuou tremendo, mas as
lágrimas haviam parado.
Você é a
mais corajosa quando está com medo, Damon pensou.
— Estou mais preocupado é com os outros. —
Ele disse.
— Os outros? — Ela piscou.
— Em quinhentos anos de vida, a pessoa tende
a fazer uma quantidade notável de inimigos. Não sei, talvez seja só eu. Ou
talvez seja o simples fato de ser um vampiro.
— Oh. Oh, não! — Bonnie gritou.
— Qual o problema, passarinho? A vida tende a
ser curta, sendo ela longa ou breve.
— Mas... Damon...
— Não se aflija, gatinha. Tenho um dos remédios
da Natureza. — Damon tirou de seu bolso do peito um pequeno cantil que cheirava
a Black Magic.
— Oh... Você o salvou! Que esperteza a sua!
— Que experimentar? Senhoras… Deixe-me
consertar… Jovens primeiro.
— Oh, eu não sei. Eu costumo ficar meio
bobona.
— O mundo é bobo. A vida é uma bobagem.
Especialmente quando você foi condenada por seis pessoas antes mesmo do
café-da-manhã.
Damon abriu o cantil.
— Oh, tudo bem!
Claramente emocionada em “beber com o Damon”,
Bonnie tomou um elegante gole.
Damon engasgou para encobrir uma risada.
— É melhor você tomar goles maiores,
passarinho, ou vai demorar a noite toda até que chegue a minha vez.
Bonnie respirou fundo, e depois deu um gole
profundo. Após cerca de mais três deles, Damon decidiu que ela estava pronta.
Bonnie ria sem parar agora.
— Eu acho... Você acha que eu já tive o
bastante?
— Que cores você está vendo lá fora?
— Rosa? Violeta? É isso mesmo? Não estamos
mais no anoitecer?
— Bem, talvez as Luzes do Norte estejam nos
visitando. Mas você está certa, eu deveria levar você para a cama.
— Oh, não! Oh, sim! Oh, não! Nãonãonãosim!
— Shh...
— SHHHHHH!
Que maravilha, Damon pensou, eu exagerei.
— Quero dizer, colocar você na cama. — Ele disse firmemente. — Só você. Aqui, eu vou levá-la à cama do primeiro andar.
— Porque eu poderia cair das escadas?
— Pode se dizer que sim. E este quarto é
muito mais agradável do que o que você compartilha com Meredith. Agora você irá
dormir e não dirá nada a ninguém sobre o nosso encontro.
— Nem mesmo para a Elena?
— Para ninguém. Ou eu posso ficar com raiva
de você.
— Oh, não! Eu não vou, Damon. Juro pela sua
vida!
— Isso é... Bem preciso. — Disse Damon. — Boa
noite.
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