Leitura Semanal - Diários do Vampiro, os caçadores: Fantasma #7
Sinopse: O
passado nunca está longe... Elena Gilbert e seus amigos salvaram
Fell's Church dos espíritos malignos, mas a libertação da cidade
veio com um preço: a vida de Damon Salvatore. Agora, como nada
estando no caminho, Elena e Stefan podem finalmente ficar juntos.
Então, por que Elena não consegue parar de sonhar com Damon?
Enquanto os sentimentos de Elena por Damon crescem, uma nova
escuridão está se formando em Fell's Church. Elena foi até o
inferno e voltou, mas esse demônio não é nada igual ao que ela já
viu antes. Sua única meta é matar Elena e a todos que ela
ama.
Antes de começarem a leitura, quero ressaltar algumas coisas:
Antes de começarem a leitura, quero ressaltar algumas coisas:
- Esse livro foi escrito pela autora, antes de ser demitida, mas algumas partes foram mudadas pela ghostwriter;
- A ghostwriter mudou o sobrenome da Meredith, tirando "Sulez" e colocando "Suarez", mas ela volta a escrever "Sulez" no próximo volume;
- Os olhos de Elena começam a ser descritos como "azuis safira" e não mais "azuis lápis-lazúli";
- Quiseram fazer com que os livros ficassem próximos à série, então colocaram o Klaus como um "Original", e não mais um "Antigo", assim como Bonnie passa a ser uma bruxa;
- O temperamento de Damon passa ser igual ao da série, e este Damon fala palavrão (sendo que em "Meia-Noite" a Elena disse que ele nunca falaria isso na frente dela).
E,
como é de praxe, se for copiar o texto a seguir para algum outro
site, por favor colocar os créditos! Ajude o trabalho do tradutor e
dê ibope ao site. Boa leitura! :)
13
— Eu
sinto muito. Sinto mesmo — Meredith disse pela décima vez.
Sua
face geralmente composta estava corada, e seus olhos brilhavam com
lágrimas não derramadas. Matt não se lembrava de alguma vez vê-la
tão chateada com alguma coisa, especialmente com algo que havia
terminado bem. Claro, Celia poderia ter se machucado, mas o
carro não havia encostado nela.
—
Estou
bem, é sério, Meredith — Celia assegurou mais uma vez.
— Eu
simplesmente não a vi. Eu não sei como, mas não vi. Graças a Deus
que Alaric viu — Meredith disse, lançando um olhar de
agradecimento a Alaric, quem estava sentado ao seu lado e massageando
suas costas.
—
Tudo
bem, Meredith — ele disse. — Está tudo bem.
Alaric
parecia mais preocupado com Meredith do que com Celia, e Matt não o
culpou por isso. Balbuciar não era comum vindo de Meredith. Alaric
prendeu seu braço com força ao redor de Meredith, e ela
visivelmente relaxou.
Celia,
por outro lado, estava notavelmente tensa enquanto Meredith se
aprofundava no abraço de Alaric. Matt trocou um olhar triste com
Bonnie.
Então
Stefan se esticou e afagou o ombro de Elena distraidamente, e Matt
ficou surpreso em sentir uma angústia de inveja. Ele não havia
esquecido Elena Gilbert? Havia mais de um ano desde a última que
eles saíram, e cerca de um século de experiência.
Bonnie
ainda estava olhando para ele, agora com um olhar especulativo, e
Matt deu-lhe um sorriso sem graça. Ele não sabia o que Bonnie havia
visto em seu rosto quando ele olhou para Elena e Stefan.
—
Além
dessa curva e acima da encosta há o Mergulho — ele disse para
Celia, conduzindo-a pela trilha a frente. — É uma longa caminhada,
mas é o melhor lugar para se ter um piquenique.
— Com
certeza o melhor — Bonnie disse com alegria. — Podemos
pular da cachoeira.
Ela
ficou do outro lado de Celia, ajudando-o a afastá-la dos dois casais
que estavam murmurando baixinho enquanto os seguiam.
— É
seguro? — Perguntou Celia duvidosamente.
—
Totalmente
— disse Bonnie. — Todo mundo pula da cachoeira, e ninguém nunca
se machucou.
—
Geralmente
é seguro — disse Matt, mais cuidadoso. — Você e Meredith
deveriam pensar bem antes de nadarem, Celia.
— Eu
odeio isso —Bonnie disse. — Odeio ter que ser extra cuidadosa só
por causa de algo maligno que não sabemos nada a respeito. Tudo
deveria ser normal.
Normal
ou não, foi um piquenique magnífico. Eles espalharam mantas nas
rochas próximas à cachoeira. As pequenas quedas despencavam para o
lado do penhasco e terminavam em uma piscina profunda de água
efervescente, formando uma fonte natural que era derramada em uma
clara piscina verde bronze.
A
Sra. Flowers havia empacotado saladas, pães e sobremesas para eles,
assim como carne e milho para serem grelhados em um hibachi que
Stefan havia trazido da pensão. Eles tinham mais do que comida
suficiente para semanas de acampamento, quem dirá um almoço. Elena
havia trazido bebidas geladas em um cooler e, após todos
subirem sob o calor do verão de Virgínia, todos estavam felizes por
beberem uma limonada ou um refrigerante.
Até
mesmo Stefan pegou uma garrafa d'água e a bebeu enquanto aquecia o
grill, embora era automaticamente compreensível por todos que ele
não iria comer. Matt sempre achou estranho o fato de ele nunca ver
Stefan comendo, antes mesmo de saber que ele era um vampiro.
As
garotas se contorciam enquanto tiravam seus jeans e blusas para
exibirem seus biquínis, como se fossem lagartas se transformando em
borboletas. Meredith estava bronzeada e magra sob uma roupa de banho
preta. Bonnie usava um pequeno biquíni verde-sereia. Elena vestia um
biquíni sem alça dourado que combinava com seu cabelo. Matt via
Stefan admirá-la e sentiu aquela pequena torção de inveja de novo.
Tanto
Elena quanto Bonnie colocaram suas camisetas de volta sobre seus
corpos quase que imediatamente. Elas sempre faziam isso: suas peles
pálidas queimavam ao invés de se bronzear. Celia deitou sobre uma
toalha, parecendo espetacular em um casual, ainda que ousado, maiô
engana mamãe*. O efeito do branco
contra a pele cor café de Celia era incrível. Matt notou que os
olhos de Meredith passavam sobre o corpo dela e então voltavam
afiados para Alaric.
*
Fui no Google procurar e deu esse nome.
Deve ser nome popular, então, caso não saiba o que é, basta
“googlar”
Mas
Alaric estava ocupado demais ajeitando seu calção de banho vermelho
e camisa preta.
Aquilo
não era estranho, também? Matt pensou. O anel de Stefan o protegia
dos raios solares, não protegia? Ele tinha mesmo que se esconder nas
sombras? E quanto toda aquela vestimenta preta? Ele estava fingindo
ser Damon agora?
Matt
franziu ao pensar: um Damon já havia sido mais do que o bastante.
Matt
sacuidiu sua cabeça, alongando seus braços e pernas, virando seu
rosto para o sol, tentando livrar-se de seus pensamentos. Ele gostava
de Stefan. Ele sempre gostou. Stefan era um cara legal.
Um
vampiro, uma voz seca percebeu no fundo de sua mente, mesmo um
inofensivo não pode ser descrito como cara legal.
Matt
ignorou a voz.
—
Vamos
pular! — Ele disse, e virou-se para a cachoeira.
— A
Meredith, não — disse Stefan sem rodeios. — Nem a Meredith, nem
a Celia. Vocês duas ficam aqui.
Houve
um leve silêncio, e ele olhou por cima do grill para ver seus amigos
olhando para ele. Ele manteve seu rosto neutro enquanto ele retornava
o olhar. Essa era uma situação de vida ou morte. Era
responsabilidade de Stefan mantê-los a salvo, eles gostando ou não.
Ele olhou para cada um aos poucos, mantendo seu olhar. Ele não iria
dar para trás.
Meredith
ficou de pé para seguir Matt até a beirada da cachoeira, e ela
hesitou por um instante, claramente incerta em como agir. Então seu
rosto endureceu, e Stefan viu que ela havia escolhido tomar uma
atitude.
Ela
deu um passo até ele.
—
Desculpe,
Stefan — ela disse, sua voz aumentada. — Eu sei que você está
preocupado, mas eu vou fazer o que eu decidir querer fazer. Eu
posso cuidar de mim mesma.
Ela
se moveu para se juntar a Matt, quem estava parado na ponta do
penhasco, mas a mão de Stefan pegou o pulso dela, seus dedos tão
fortes quanto aço.
—
Não,
Meredith — ele disse com firmeza.
Pelo
canto de seus olhos, ele viu a boca de Bonnie se abrir. Todos olhavam
para ele com rostos perplexos e ansiosos, e Stefan tentou aliviar seu
tom:
— Eu
só estou tentando fazer o que é melhor para você.
Meredith
suspirou, um som longo e tempestuoso, e pareceu tentar ignorar um
pouco de sua raiva.
— Eu
sei disso, Stefan — ela disse razoavelmente —, e aprecio muito.
Mas eu não posso viver no mundo sem fazer as coisas que geralmente
faço, à espera do que quer que esteja atrás de mim.
Ela
tentou se mover em volta dele, mas ele contornou e bloqueou seu
caminho de novo.
Meredith
olhou para Celia, quem ergueu suas mãos para cima e sacudiu sua
cabeça.
— Não
olhe para mim — Celia disse. — Eu não tenho desejo algum
em pular do penhasco. Só vou me deitar e deixarei vocês resolverem
isso.
Ela
deitou sobre suas mãos e virou seu rosto para o sol.
Os
olhos de Meredtih se estreitaram e ela voltou sua atenção a Stefan.
Quando ela abriu sua boca, Elena a cortou.
— E
se o resto de nós fôssemos primeiro? — Ela praticamente sugeriu
para Stefan. — Podemos nos certificar de que não há nenhum perigo
lá embaixo. E vamos estar próximos à margem. Ninguém se machucou
pulando daqui, pelo menos não que eu tenha ouvido falar. Certo,
pessoal?
Matt
e Bonnie concordaram.
Stefan
sentiu-se ficar mais mole. Sempre que Elena usava sua voz lógica e
seus grandes e apelativos olhos, ele encontrava-se concordando com
planos que, no fundo de seu coração, ele pensava serem imprudentes.
Elena
pressionou sua vantagem:
—
Você
poderia ficar ao lado da água, também — ela disse. — Assim, se
houver algum problema, você poderia mergulhar no mesmo instante.
Você é tão rápido que chegaria antes que algo de ruim pudesse
acontecer.
Stefan
sabia que isso era errado. Ele não havia se esquecido daquela
sensação arrebatadora de desespero ao perceber que ele era lento
demais para salvar alguém. Mais uma vez, ele viu Damon ir em
direção à Bonnie graciosamente, terminando com Damon caindo por
terra, um ramo de madeira atravessado direto em coração. Damon
havia morrido porque Stefan foi lento demais para salvá-lo, lento
demais para perceber o perigo e salvar Bonnie por si só.
Ele
também chegou tarde demais para salvar Elena quando ela havia caído
da ponte e se afogado. O fato de ela estar viva de novo não
significava que ele não havia falhado com ela. Ele se lembrava do
cabelo pálido dela flutuando como se fosse uma alga na água fria da
Ponte Wickery, as mãos dela ainda presas ao volante, seus olhos
fechados, e então estremeceu. Ele havia mergulhado repetidamente
antes de encontrá-la. Ela estava tão fria e branca quando ele a
trouxe para a margem.
Ainda
assim, ele encontrou-se concordado. O que Elena queria, Elena
conseguia. Ele ficaria por perto e protegeria Meredith o máximo que
pudesse, e ele rezaria, o tanto que um vampiro pudesse rezar, para
que isso fosse o bastante.
O
resto de seus amigos ficou lá no topo por um tempo, olhando para a
queda da cachoeira, Stefan supervisionando a piscina sob seus pés. A
água pulverizava exuberantemente onde a cachoeira atingia a
superfície. Areia quente e branca cercavam as beiradas da piscina,
formando uma prainha, e o centro da piscina parecia sombrio e
profundo.
Matt
pulou primeiro, com um grito longo e oscilante enquanto ele
despencava. O splash de quando ele atingiu a água foi grande, e ele
pareceu ficar submerso durante um longo tempo. Stefan aproximou-se
mais para olhar a água. Ele não conseguia ver através da espuma
formada pela cachoeira, e um tremor de ansiosidade passou por seu
estômago.
Ele
estava pensando em mergulhar atrás dele quando a cabeça lustrosa e
molhada de Matt subiu à superfície.
— Eu
toquei o fundo! — Ele anunciou, sorrindo, e sacudiu sua cabeça
como um cachorro, jogando gotas de água para todo lugar.
Ele
nadou até Stefan, membros fortes e bronzeados se movendo com força,
e Stefan pensou o quão fácil parecia ser para Matt. Ele era uma
criatura da luz solar e da simplicidade, enquanto Stefan estava preso
às sombras, vivendo uma longa semi vida de segredos e solidão.
Claro, seu anel de safira permitia que
ele andasse sob o sol, mas ficar exposto aos raios solares por muito
tempo, como hoje, era desconfortável, como se houvesse uma coceira
dentro dele. Era pior agora que ele estava se reajustando a dieta de
sangue animal de novo. Seu mal-estar era outra lembrança de que ele
não pertencia àquele lugar. Não como Matt pertencia.
Ele
afastou aqueles sentimentos azedos, surpreso com o surgimento deles
para começar. Matt era um bom amigo. Ele sempre foi. A luz do sol
devia estar atingindo-o.
Bonnie
foi a próxima a pular, e emergiu bem mais rápido, tossindo e
resfolegando.
—
Ufa!
— Ela disse. — Entrou água no meu nariz! Eca!
Ela
saiu da água empoleirou-se em uma pedra próxima ao pé de Stefan.
—
Você
não nada? — Ela perguntou para ele.
Ele
estava tendo um flash de uma lembrança. Damon, bronzeado e forte,
jogando água em sua direção e rindo em um de seus raros momentos
de bom humor. Foi há centenas de anos atrás, quando os irmãos
Salvatore viviam sob o sol, antes mesmo dos bisavós de seus amigos
terem nascido.
— Faz
muito tempo que não — ele respondeu.
Elena
pulou com a mesma graça que ela fazia qualquer outra coisa, reta
como uma seta em direção ao fundo da cachoeira, seu biquíni e seu
cabelo dourados cintilando à luz. Ela estava embaixo d'água mais do
que Bonnie estivera, e de novo Stefan ficou tenso, olhando para a
piscina. Quando ela subiu à superfície, ela deu a eles um sorriso
lamentoso.
— Não
consegui atingir o fundo — ela disse. — Eu fiquei me esticando e
esticando para baixo. Até pude ver a areia, mas a água me puxou de
volta para cima.
— Eu
nem ao menos tentei — Bonnie disse. — Já aceitei que sou pequena
demais.
Elena
nadou para longe do centro da cachoeira e indo para a areia, ficando
próxima a Bonnie sob os pés de Stefan. Matt saiu da água, também,
e ficou perto da cachoeira, olhando para cima de forma crítica.
—
Pule
primeiro em pé, Meredith — ele disse provocativamente. — Você é
muito exibida.
Meredith
estava pronta ao beiral da cachoeira. Ela os cumprimentou e então
deu um perfeito mergulho de cisne, chegando rapidamente na água,
desaparecendo embaixo d'água com um leve splash.
— Ela
fazia parte do time de natação — Bonnie disse convencionalmente
para Stefan. — Ela tem um monte de fitas e troféus em uma
prateleira em sua casa.
Stefan
concordou absento, seus olhos escaneando a água. Era certo que logo
a cabeça de Meredith sairia da água. Os outros demoraram também
para emergir.
— Eu
já posso pular? — Alaric disse de lá de cima.
—
Não!
— Elena gritou.
Elena
ficou em pé e ela e Stefan trocaram um olhar de preocupação.
Meredith estava lá embaixo por tempo demais.
Meredith
apareceu, tirando o cabelo de seus olhos. Stefan relaxou.
—
Consegui!
— Ela disse. — Eu...
Seus
olhos ficaram arregalados e ela começou a gritar, mas seu grito foi
cortado enquanto ela era puxada abruptamente para baixo por algo que
eles não conseguiam ver. No espaço de uma respiração, ela havia
sumido.
Por
um momento, Stefan só ficou olhando para onde Meredith estava,
incapaz de se mover. Lento demais, lento demais, uma voz interna
zombou del, e ele viu o rosto de Damon, rindo cruelmente e dizendo
novamente: “Tão frágeis, Stefan.” Ele não conseguia ver
Meredith em lugar nenhum sob a água clara e efervescente. Era como
se ela tivesse sido levada para longe. Tudo isso passou pela cabeça
Stefan em uma batida de coração, e então ele mergulhou atrás
dela.
Embaixo
d'água, ele não conseguiu ver nada. A água branca da cachoeira
borbulhava, jogando espuma e areia para frente dele.
Stefan
urgentemente focalizou seu Poder para seus olhos, aperfeiçoando sua
visão, mas isso só fez com que ele visse individualmente cada bolha
da água branca e os grãos de areia com nitidez. Onde estava
Meredith?
A
água borbulhante estava tentando levá-lo a superfície, também.
Ele teve que lutar para se mover pela água sombria,
alongando-se.Algo roçou por seus dedos e ele agarrou e ele o
agarrou, mas era somente um punhado de alga.
Onde
ela estava? O tempo estava acabando. Os humanos só podiam ficar sem
oxigênio durante alguns minutos antes que o cérebro sofresse as
consequências. Alguns minutos mais tarde e não haveria como
salvá-la.
Ele
lembrou do afogamento de Elena mais uma vez, a forma branca e frágil
ele havia tirado do carro destroçado de Matt, cristais de gelo em
seu cabelo. A água aqui era quente, mas mataria Meredith do mesmo
jeito. Ele engoliu um soluço e mergulhou para as profundezas.
Seus
dedos encontraram pele, e ela se moveu sob sua mão.
Stefan
pegou o membro, não importando qual fosse, forte o bastante para
machucar, e começou a subir. Em menos de um segundo ele pôde ver
que era o braço de Meredith. Ela estava consciente, sua boca fechada
de medo, seu cabelo flutuando ao redor dela.
No
começo ele não entendeu porquê ela não veio até a superfície.
Então Meredith fez um gesto enfatizante, chegando a tatear longas
algas que de alguma forma havia se prendido em suas pernas.
Stefan
nadou para baixo, contra a água branca da cachoeira, e tentou
colocar sua mão por baixo das algas. Elas estavam presas com tanta
força ao redor das pernas de Meredith que ele não conseguia enfiar
os dedos. A pele dela ficou pálida devido ao aperto.
Stefan
lugou com aquilo durante um instante, então se aproximou um pouco
mais e deixou que seu Poder o dominasse, afiando e alongando seus
caninos. Ele mordeu, com cuidado para não atingir as pernas de
Meredith, e puxou as algas, mas elas resistiram.
Um
pouco mais tarde, ele percebeu que a resistência das plantas devia
ser sobrenatural: a força de Poder poderia quebrar ossos e rasgar
metais, então não teria problema em soltar algas.
E,
finalmente — lento demais, ele reprimiu-se, sempre muito
devagar —, ele percebeu o que ele estava olhando. Stefan sentiu
seus olhos se abrirem em horror.
A
finas linhas de alga contra as longas pernas de Meredith formavam um
nome:
damon
14
Onde
eles estavam? Elena olhava para a água ansiosamente. Se alguma coisa
acontecera a Meredith ou Stefan, era culpa da Elena. Ela havia
convencido Stefan a deixar Meredith pular da cachoeira.
As
objeções dele foram totalmente razoáveis; ela podia ver isso
agora. Meredith havia sido marcada para morrer. Pelo amor de Deus,
Celia quase morreu por somente ter saído de um trem. O que Meredith
estava pensando, pular de uma cachoeira quando ela correndo o mesmo
risco? O que Elena estava pensando ao deixá-la fazer isso?
Ela deveria ter ficado do lado de Stefan, afastando Meredith da
borda.
E
Stefan. Ela sabia que ele estaria bem; uma parte racional de
seu cérebro continuava lembrando-a de que Stefan era um vampiro.
Ele nem ao menos precisava respirar. Ele poderia ficar embaixo d'água
durante dias. Ele era incrivelmente forte.
Mas
não há muito tempo atrás, ela pensou que Stefan havia partido para
sempre, sequestrado pelos kitsune. Coisas ruins poderiam
acontecer a ele — sendo ele vampiro ou não. Se ela o perdesse
agora por causa de sua estupidez, teimosia e insistência de que a
vida poderia ser do jeito que era — que eles poderiam ter um pouco
de diversão sem que algo os perseguisse —, Elena mergulharia e
morreria.
—
Você
vê alguma coisa? — Bonnie perguntou, um tremor presente em sua
voz.
Suas
sardas se destacavam em pontos escuros contra seu rosto pálido, e
seus normalmente exuberantes cachos vermelhos estavam duros e retos
ao redor de sua cabeça.
—
Não.
Não aqui de cima.
Elena
lançou seu olhar zombeteiro e, antes mesmo que sua consciência
tomasse uma decisão, ela tratou de mergulhar na piscina.
Embaixo
d'água, a visão de Elena se obscureceu devido a escuma e a areia
que vinham da cachoeira, e ela parou por um momento, tentando olhar
ao redor. Ela viu um trecho escuro que pareciam ser figuras humanas
próximas ao meio da piscina, tentando subir.
Graças
a Deus, Elena pensou com fervura.
Quando
ela se aproxinou, as figuras se mostraram ser Meredith e Stefan. Eles
pareciam estar lutando contra algo na água, o rosto de Stefan
próximo às pernas de Meredith, as mãos dela tentando alcançar
desesperadamente a superfície. O rosto dela estava azulado por falta
de oxigênio, e seus olhos estavam arregalados, em pânico.
Assim
que Elena ficou ao lado deles, Stefan empurrou Meredth para cima.
Como que em câmera lenta, Elena viu os braços de Meredith
trabalhando enquanto ela emergia. Um súbito golpe vindo de frente
levou Elena em direção às rochas atrás da cachoeira, esta
levando-a cada vez mais para o fundo.
Isso
não é bom, ela só teve tempo para pensar isso, e então sua
cabeça bateu com tudo contra as rochas e tudo ficou escuro.
Quando
Elena acordou, ela encontrou-se em seu quarto, em casa, ainda de
biquíni. O sol vinha de uma janela, mas Elena estava molhada e
tremendo de frio. Água escorria de seu cabelo e traje de banho,
gotas caíam de seus braços e pernas e empoçavam o carpete.
Ela
não ficou surpresa em ver que Damon estava ali, parecendo polido,
sombrio e equilibrado como sempre. Ele estava examinando a estante de
livros dela, tão confortável como se estivesse em sua própria
casa, e ele virou-se para encará-la.
— Damon
— ela disse fracamente, confusa mas, como de costume, muito feliz
em vê-lo.
—
Elena!
Ela
parecia encantando por um momento, e então franziu.
— Não
— Ele disse com aspereza. — Elena, acorda!
—
Elena,
acorda! — A voz estava com medo e desesperada, e Elena lutou
contra a escuridão que parecia prendê-la e abriu os olhos.
Damon?,
ela quase disse, mas engoliu o nome. Porque era claro que era Stefan
quem estava acima de sua visão, preocupado, e era compreensível que
Stefan desaprovasse caso ela o chamasse duas vezes no mesmo dia pelo
nome do seu irmão morto.
—
Stefan
— ela disse, lembrando. — Meredith está bem?
Stefan
prendeu-a gentilmente em seu braços.
— Vai
ficar. Oh, Deus, Elena — ele disse. — Eu pensei que a perderia.
Eu tive que te puxar até a margem. Eu não sabia...
Sua
voz falhou, e ele a puxou ainda mais próximo de seu peito.
Elena
fez uma rápida autoavaliação. Ela estava dolorida. Sua garganta e
pulmões doíam, provavelmente por ter aspirado água e tossido logo
em seguida. Havia areia em todo seu corpo, cobrindo seu braço e
biquíni, e estava começando a coçar. Mas ela estava viva.
— Oh,
Stefan — Elena disse, e fechou seus olhos por um instante,
descansando sua cabeça contra a dele.
Ela
estava tão fria e molhada, e Stefan estava tão quente. Ela
conseguia o coração dele bater embaixo de sua orelha. Mais lento
que o de um humano, mas estava lá, firme e forte.
Quando
ela abriu seus olhos de novo, Matt estava ajoelhado ao lado deles.
—
Você
está bem? — Ele perguntou.
Quando
ela concordou, ele virou seu rosto para Stefan.
— Eu
devia tê-lo ajudado em salvá-las — ele disse culposamente. —
Tudo pareceu ter acontecido tão rápido, e quando eu soube o que
realmente estava acontecendo, você já as havia trazido para fora
d'água.
Ela
se sentou e colocou o braço de Matt, sentindo uma imensa afeição
por ele. Ele era tão bom, e se sentia responsável por todos
eles.
—
Todos estão bem, Matt — ela disse. — É isso que importa.
Alguns
passos adiante, Alaric inspecionava Meredith enquanto Bonnie pairava
em cima deles. Celia ficou um pouco mais distante, seus braços
cruzados enquanto ela olhava para Alaric e Meredith.
Quando
Alaric se afastou, Meredith pegou o olhar de Elena. O rosto dela
estava branco de dor, mas ela conseguiu dar um sorriso de desculpa.
— Eu
não quis atingi-la — ela disse. — E Stefan, eu devia tê-lo
ouvido, ou tido mais bom senso e ficado na borda.
Ela
fez uma careta.
— Eu
acho que torci meu tornozelo. Alaric vai me dar uma carona até o
hospital para darem um jeito nisso.
— O
que eu quero saber — Bonnie disse — é se tudo isso acabou. Quero
dizer, o nome da Celia apareceu, e ela quase foi estrangulada pela
porta do trem. E então o nome da Meredith apareceu, e ela quase se
afogou. Ambas se salvaram... por causa do Stefan, bom trabalho,
Stefan... Então, isso quer dizer que elas estão seguras agora? Não
vimos mais nenhum nome.
O
coração de Elena se acendeu de esperança. Mas Matt estava
sacudindo a cabeça.
— Não
é tão fácil — ele disse sombriamente. — Nunca é tão fácil.
Só porque Meredith e Celia foram salvas uma vez, não significa que aquilo que está nos perseguindo não vá atrás delas de novo. E mesmo o nome dela não sendo mencionando, Elena ficou em perigo, também.
Os
braços de Stefan ainda estavam em volta de Elena, mas eles pareciam
estar mais pesados e inflexíveis. Quando ela olhou para cima para
encarar seu rosto, a mandíbula dele estava dura e seus olhos verdes
estavam cobertos de dor.
—
Receio
que este não seja o fim. Outro nome apareceu.
Ele
contou para eles.
—
Meredith,
eu acho que você não pôde vê-lo, mas as plantas que a prendiam
mencionaram algo em suas pernas.
Todos
arfaram.
Elena
agarrou o braço dele, sentindo uma dor no estômago. Ela olhou para
Matt, para Bonnie, para o próprio Stefan. Eles nunca pareceram ser
tão preciosos para ele quanto agora. Um daqueles que ela amava
estava em perigo?
—
Bem,
não mantenha o suspense — Meredith disse ironicamente.
A cor em seu rosto estava melhor, Elena notou, e sua voz soava
quebradiça e competente de novo, apesar de ela estremecer enquanto
Alaric tocava gentilmente seu tornozelo.
— De
quem era o nome?
Stefan
hesitou. Seus olhos encontraram os de Elena e rapidamente se
afastaram. Ele lambeu os lábios em um gesto nervoso que ela nunca
viu vindo dele antes. Tomando um grande fôlego, ele finalmente
disse:
— O
nome mencionado é o de Damon.
Bonnie
sentou-se com baque, quando suas pernas cederam.
— Mas
Damon está morto — ela disse, seus olhos castanhos bem abertos.
Mas
por algum motivo a novidade não chocou Elena inteiramente. Ao invés
disso, um sentimento duro e brilhante de esperança cresceu nela.
Faria sentido. Ela nunca acreditou que alguém como Damon poderia
simplesmente estar morto.
—
Talvez
ele não esteja — ela ouviu-se dizendo, perdida em pensamentos
enquanto ela lembrava-se de Damon em seus sonhos.
Quando
ela havia desmaiado embaixo d'água, ela o havia visto novamente, e
ele havia dito para ela acordar. Esse era o comportamento de um
sonho? Poderia ser seu subconsciência avisando-a, ela supôs
duvidosamente, mas o nome dele é que havia aparecido.
Ele
poderia estar vivo? Ele havia morrido — ela não tinha dúvidas
quanto a isto. Mas ele era um vampiro; ele havia morrido antes, e
voltou a viver. As Guardiãs tentaram, elas disseram, e elas também
disseram que não havia como trazer Damon de volta. Era uma esperança
sem sentido? Será que ansiedade batendo em seu coração, ao pensar
que Damon pudesse estar vivo de novo, estivesse somente enganando
Elena?
Elena
voltou ao presente e encontrou seus amigos encarando-a. Houve um
momento de completo silêncio, como se até mesmo os passarinhos
tivessem parado de cantar.
—
Elena
— Stefan disse com gentileza —, nós o vimos morrer.
Elena
olhou dentro dos olhos verdes de Stefan. Claro, se houvesse algum
pingo de esperança, ele a sentiria da mesma forma que ela sentia.
Mas os olhos deles estavam firmes e tristes. Stefan, ela percebeu,
não tinha dúvidas de que Damon estava morto.
O
coração dela se apertou dolorosamente.
—
Quem
é Damon? — Celia perguntou, mas ninguém respondeu.
Alaric
estava franzindo.
— Se
Damon está realmente morto — ele disse —, se vocês têm certeza
disso, então o que quer que esteja causando esses acidentes talvez
esteja zombando de sua morte, tentando atingi-los onde dói. Talvez haja um perigo emocional aqui que esteja tentando criar também um físico.
— Se
mencionar o nome de Damon tem como objetivo nos atingir, então o
alvo são Stefan e Elena — Matt disse. — Quero dizer, não é
segredo para ninguém que Meredith e eu não gostávamos dele tanto
assim.
Ele
cruzou os bravos na defensiva.
—
Perdão,
Stefan, mas é a verdade.
— Eu
respeitava o Damon — disse Meredith —, especialmente depois que
ele trabalhou arduamente conosco na Dimensão das Trevas, mas é
verdade que sua morte não... afetou a mim do jeito que afetou Elena
e Stefan. Eu tenho que concordar com Matt.
Elena
olhou para Bonnie e percebeu que sua mandíbula estava cerrada e seus
olhos brilhavam com lágrimas de raiva.
Enquanto
Elena olhava, os brilhantes olhos de Bonnie perderam o foco, olhando
para longe. Ela endureceu e virou seu rosto para cima, para o topo do
penhasco.
— Ela
está tendo uma visão — Elena disse, pulando para se colocar em
pé.
Bonnie
falou em uma voz mais bajuladora e áspera do que a sua.
— Ele
quer você, Elena — ela disse. — Ele quer.
Elena
seguiu seu olhar para o topo do penhasco. Por um estranho momento,
aquela dura e brilhante esperança voltou a queimar em seu peito de
novo. Ela realmente esperou ver Damon lá em cima, sorrindo para
eles. Seria típico dele, se ele houvesse sobrevivido de alguma forma
à morte, aparecer de repente, fazer uma entrada triunfal, e então
acabar com o momento com um dar de ombros e um gracejo.
E
havia alguém ali parado no topo do penhasco. Celia soltou um
gritinho, e Matt praguejou bem alto.
Não
era Damon, todavia. Elena conseguia ver isso à distância. A
silhueta da figura era mais vasta que a de Damon. Mas o sol estava
tão forte que ela não pôde dizer de quem eram aquelas
características, então ela colocou as mãos sobre seus olhos, para
fazer sombra.
Como
uma auréola, cabelos loiros e cacheados cintilavam sob o sol.
Elena
franziu.
— Eu
acho — ela disse, um reconhecimento vindo até ela — que aquele é
Caleb Smallwood.
CAra que panka, eu to amando isso demais, obrigada por traduzir o livro
ResponderExcluir