Leitura Semanal - Diários do Vampiro, os caçadores: Fantasma #8
Sinopse: O
passado nunca está longe... Elena Gilbert e seus amigos salvaram
Fell's Church dos espíritos malignos, mas a libertação da cidade
veio com um preço: a vida de Damon Salvatore. Agora, como nada
estando no caminho, Elena e Stefan podem finalmente ficar juntos.
Então, por que Elena não consegue parar de sonhar com Damon?
Enquanto os sentimentos de Elena por Damon crescem, uma nova
escuridão está se formando em Fell's Church. Elena foi até o
inferno e voltou, mas esse demônio não é nada igual ao que ela já
viu antes. Sua única meta é matar Elena e a todos que ela
ama.
Antes de começarem a leitura, quero ressaltar algumas coisas:
Antes de começarem a leitura, quero ressaltar algumas coisas:
- Esse livro foi escrito pela autora, antes de ser demitida, mas algumas partes foram mudadas pela ghostwriter;
- A ghostwriter mudou o sobrenome da Meredith, tirando "Sulez" e colocando "Suarez", mas ela volta a escrever "Sulez" no próximo volume;
- Os olhos de Elena começam a ser descritos como "azuis safira" e não mais "azuis lápis-lazúli";
- Quiseram fazer com que os livros ficassem próximos à série, então colocaram o Klaus como um "Original", e não mais um "Antigo", assim como Bonnie passa a ser uma bruxa;
- O temperamento de Damon passa ser igual ao da série, e este Damon fala palavrão (sendo que em "Meia-Noite" a Elena disse que ele nunca falaria isso na frente dela).
E,
como é de praxe, se for copiar o texto a seguir para algum outro
site, por favor colocar os créditos! Ajude o trabalho do tradutor e
dê ibope ao site. Boa leitura! :)
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Assim
que Elena falou o nome de Caleb, a pessoa no penhasco começou a se
afastar da linha de visão deles. Após um momento de hesitação,
Matt começou a percorrer o caminho em direção ao local onde eles
haviam visto o corpo.
Pode
ser bobeira, Elena pensou, o modo como todos agiram como se
estivessem sendo ameaçados.
Qualquer
um tinha o direito de subir a trilha da Hot Springs, e Caleb... se é
que era o Caleb... não havia feito nada a não ser olhar para
baixo, para eles. Todavia, havia algo ameaçador na figura pairando
tão cautelosamente lá em cima, e a reação deles não parecia
ser boba.
Bonnie
arfou e seu corpo relaxou enquanto ela saía do transe.
— O
que aconteceu? — Ela perguntou. — Oh, nossa, de novo não.
—
Você
se lembra de alguma coisa? — Elena disse.
Bonnie
sacudiu sua cabeça pesarosamente.
—
Você
disse “Ele quer você, Elena” — disse Celia, examinando Bonnie
com um entusiasmo clínico em seu olhar. — Você não se lembra de
quem você se referia?
— Eu
acho que se ele queria a Elena, poderia ser qualquer um —
Bonnie disse, seus olhos se estreitando.
Elena
a encarou. Havia uma ponta maliciosa no tom de Bonnie? Mas Bonnie
sorriu lamentosamente de volta para ela, e Elena decidiu que o
comentário havia sido apenas uma piada.
Alguns
minutos mais tarde, Matt voltou da trilha, sacudindo a cabeça.
—
Quem
quer que fosse, sumiu — ele disse, sua testa enrugada, confuso. —
Eu não consegui ver ninguém na trilha em nenhuma das direções.
—
Você
acha que ele é um lobisomem, igual ao Tyler? — Bonnie perguntou.
—
Você
não é a primeira pessoa que me pergunta isso — Elena disse,
olhando para Stefan. — Eu não sei. Eu acho que não, porém. Caleb
parece totalmente normal e legal. Lembram como Tyler tinha aparência
de lobo antes mesmo de ele se tornar um lobisomem? Aqueles grandes
dentes brancos e meio animalescos? Caleb não é assim.
—
Então,
por que ele nos espionaria?
— Não
sei — Elena disse de novo, frustrada.
Ela
não conseguia pensar nisso agora. Sua mente ainda estava presa
naquela questão: Damon poderia estar vivo? O que Caleb tinha de
importância, comparado a isso?
—
Talvez
ele só estivesse escalando. Eu não tenho certeza se era o Caleb.
Poderia ter sido qualquer outro garoto com cabelo loiro cacheado.
Somente um escalador qualquer que se assustou quando Matt saiu
correndo atrás deles.
A
discussão deles ficou dando voltas até que uma hora Alaric levou
Meredith para o hospital para checarem seu tornozelo. O resto se
dirigiu ao topo da cachoeira para recolherem os restos do piquenique.
Todos
mordicaram batatinhas, brownies e frutas, e fez para si mesmo um
cachorro-quente no hibachi, mas a alegria havia sumido.
Quando
o celular de Elena tocou, foi um alívio bem-vindo.
— Oi,
tia Judith — ela disse, forçando um tom alegre em sua voz.
— Olá
— tia Judith disse apressadamente. — Ouça, eu tenho que ir ao
auditório ajudar a fazer o cabelo e a maquiagem das garotas, e Robert já tem que sair do trabalho mais cedo para chegar a tempo ao recital. Poderia me fazer um favor e ir burcar algumas flores para Margaret no seu caminho para casa? Algo doce e bailarinesco, se entende o que eu quero dizer.
— Sem
problemas — Elena disse. — Sei exatamente o que você quer dizer.
Vejo vocês lá.
Ela
queria esquecer por um tempo: esquecer escaladores misteriosos, quase
afogamentos e suas contantes alterações de esperança e desespero
sobre a aparência do nome de Damon. Assistir sua irmãzinha rodopiar
em um tutu parecia ser a coisa certa.
— Que
maravilha — disse tia Judith. — Obrgiada. Bem, se vocês
estiverem no topo da Hot Springs, é melhor começarem a descer logo.
— Ok,
tia Judith — Elena disse. — Eu já estou indo.
Elas
disseram adeus, e Elena desligou e começou a juntar suas coisas.
—
Stefan,
posso pegar seu carro? — Ela pediu. — Eu preciso chegar ao
recital de dança da Margaret. Você pode dar uma carona para ele,
certo, Matt? Eu ligo mais tarde para vocês aí começamos a
trabalhar para entendermos tudo isso.
Stefan
ficou em pé.
— Eu
vou com você.
— O
quê? — Elena disse. — Não, você precisa ficar com Celia e ir
ao hospital para cuidar de Meredith, também.
Stefan
pegou seu braço.
— Não
vá, então. Você não devia ficar sozinha agora. Nenhum de nós
está a salvo. Há algo lá fora nos caçando, e devemos ficar
juntos. Se não perdemos ninguém de vista, então podemos proteger
um ao outro.
Seu
olhos verdes estavam claros e cheios de ansiedade e amor, e Elena
sentiu uma ponta de remorso enquanto ela soltava seu braço
gentilmente de seu aperto.
— Eu
preciso ir — ela disse em silêncio. — Se eu ficar o tempo todo
com medo e me escondendo, então as Guardiãs também deviam ter me
deixado morta. Eu preciso ficar com minha família e viver o máximo
de normalidade possível.
Ela
o beijou com gentileza, prolongando por um minuto o toque macio de
seus lábios.
— E
você sabe que eu ainda não fui marcada — ela disse. — Nada
mencionou meu nome. Mas eu prometo tomar cuidado.
Os
olhos de Stefan ficaram duros.
— E
quanto ao que Bonnie disse? — Ele argumentou. — Que ele a quer? E
se isso significa que é o Caleb? Ele fica direto ao redor de sua
casa, Elena! Ele poderia ir atrás de você a qualquer momento!
—
Bem,
eu não estar lá. Estou indo a um recital de dança com minha
família ao meu lado — Elena apontou. — Nada vai acontecer comigo
hohe. Não é minha vez, é?
—
Elena,
não seja burra! — Stefan rebateu. — Você está em perigo.
Os
pelos de Elena se arrepiaram. Burra? Stefan, não importa o
quão estressado ou ansioso estivesse, jamais teria tratado-a com
menos do que total respeito.
—
Como
é?
Stefan
se aproximou dela.
—
Elena
— ele disse —, deixe-me ir contigo. Ficarei com você até o
anoitecer e então manterei vigia do lado de fora da sua casa.
— Não
é realmente necessário — Elena disse. — Proteja Meredith e
Celia, ao invés. Elas são aquelas que precisam de você.
O
rosto de Stefan caiu, e ele parecia tão devastado que ela cedeu um
pouquinho, adicionando:
— Por
favor, não se preocupe, Stefan. Eu vou tomar cuidado, e verei a
todos vocês amanhã.
A
mandíbula dele se fechou e ele não disse mais nada, então ela
virou-se e fez seu caminho pela trilha, sem olhar para trás.
Uma
vez que eles estavam de volta à pensão, Stefan não conseguiu
relaxar.
Ele
não conseguia lembrar, em toda a sua existência, de se sentir tão
irritável e inconfortável dentro de seu próprio corpo. Ele se
coçava e doía de ansiedade. Era como se sua pele estivesse muito
apertada por sobre seus ossos, e ele se movia irritantemente, batendo
seus dedos contra a mesa, torcendo o pescoço, encolhendo os ombros,
indo para frente e para trás na cadeira.
Ele
quer você, Elena. O que diabos isso significava? Ele
quer.
E
o aparecimento de uma figura escura e pesada no penhasco, um sombra
riscando o sol, aquele cabelo loiro cacheado brilhando como uma
auréola por cima da cabeça da pessoa...
Stefan
sabia que devia estar com Elena. Tudo que ele queria fazer era
protegê-la.
Mas
ela o havia dispensado, havia — metaforicamente, pelo menos
— dado um tapinha em sua cabeça e dito para ficar lá, o fiel cão
de guarda que era, e cuidar dos outros. Manter os outros a salvo. Não
importava se ela estivesse em perigo, que alguém — que ele
— a queria. Ainda assim, ela não queria que Stefan ficasse ao seu
lado.
O
que Elena queria? Agora que Stefan parou para pensar nisso,
parecia que Elena queria uma série de coisas incompatíveis. Ter
Stefan como seu cavaleiro leal. No qual ele sempre seria e sempre
será, ele assegurou para si mesmo, apertando seus pulsos com força.
Mas
ela também queria se apegar às lembranças de Damon, e manter
aquela parte que ela havia compartilhado com ele privada e
entocadamente, separar aquilo dos outros, até mesmo de Stefan.
E
ela queria muito mais, também: ser a salvadora de seus amigos, de
sua cidade, de seu mundo. Ser amada e admirada. Estar no controle.
E
ser uma garota normal de novo. Bem, aquela vida normal que ela vivera
havia sido destruída para sempre quando ela conhecera Stefan, quando
ele fez a escolha de deixá-la a par de seu mundo. Ele sabia que era
sua culpa, tudo, tudo que aconteceu após isso, mas ele não se
arrependia de tê-la com ele agora. Ele a amava demais para ter um
pingo de arrependimento. Ela era o centro de seu mundo, mas ao mesmo
tempo, ele sabia que não era a mesma coisa para ela.
Um
buraco dentro dele abriu-se de saudade, e ele moveu-se inquieto em
sua cadeira. Seus dentes caninos se alongaram em sua boca. Ele não
conseguia lembrar a última vez em que se sentiu tão... errado. Ele
não conseguia tirar Caleb de sua cabeça, olhando para eles do topo
do penhasco, como se estivesse checando para ver se aquela violência
que ele esperava ter causado houvesse passado.
—
Mais
chá, Stefan? — A Sra. Flowers perguntou para ele com delicadeza,
acabando com seus pensamentos furiosos.
Ela
estava inclinada por cima da mesinha com o bule, seus grandes olhos
olhando para ele por de trás de seus óculos. Sua face era tão
cheia de compaixão que ele se perguntava se ela conseguia ver dentro
dele. Essa sábia senhora sempre parecia perceber muito mais do que
os outros; talvez ela pudesse dizer como ele estava se sentindo
agora.
Ele
percebeu que ela ainda estava esperando educadamente por sua
resposta, o bule suspenso em uma mão, e ele concordou
automaticamente.
—
Obrigado,
Sra. Flowers — ele disse, oferecendo pela quarta vez o seu copo, no
qual ainda estava meio cheio de chá frio.
Ele
não gostava do gosto da bebida de humanos; ele não gostava há um
longo tempo, mas às vezes beber com eles fazia com que ele se
encaixasse, faziam os outros relaxarem um pouco ao estarem ao seu
redor. Quando ele não comia ou bebia nada, ele podia sentir os
amigos de Elena cochichando, os pelos de suas nucas se eriçando,
como se alguma voz em seus subconscientes notasse que ele não era
como eles, adicionando as outras pequenas diferenças que ele não
podia controlar, e assim concluindo que ele era o errado.
A
Sra. Flowers encheu o copo dele e sentou-se de novo, satisfeita.
Pegando seu tricô — algo rosa e fofinho —, ela sorriu.
— É
tão bom ter jovens por aqui — ela comentou. — Igual a vocês, um
grupo adorável.
Olhando
para os outros, Stefan teve que se perguntar se a Sra. Flowers estava
sendo gentilmente sarcástica.
Alaric
e Meredith haviam voltado do hospital, onde seu ferimento havia sido
diagnosticado como uma torção leve e tratado por uma enfermeira de
plantão. O rosto normalmente sereno de Meredith estava duro,
provavelmente por causa da dor e de sua irritação por saber que não
poderia ficar em pé durante uns dias.
E,
parcialmente, Stefan suspeitou, por causa de onde ela estava sentada.
Por alguma razão, quando Alaric a ajudou a mancar até a sala e até
o sofá, ele a havia colocado bem ao lado de Celia.
Stefan
não se considerava um expert em romance — afinal, ele viveu
centenas de anos e só se apaixonara duas vezes, e seu romance com
Katherine havia sido um desastre —, mas até ele podia sentir a
tensão entre Meredith e Celia. Ele não tinha certeza se Alaric
estava absorto disso como parecia, ou se ele se fingia de
desentendido na esperança de que a situação melhorasse.
Celia
colocou um vestido de verão branco e elegante e ficou folheando uma
revista intitulada Antropologia Forense, parecendo
despreocupada e composta. Meredith estava, pelo contraste,
anormalmente suja e manchada, suas belas feições e pele de olívia
desfigurada pelo cansaço e dor. Alaric havia se sentado na cadeira
ao lado do sofá.
Celia,
ignorando Meredith, inclinou-se em direção a Alaric.
— Eu
acho que você vai achar isso interessante — ela disse para ele. —
É um artigo sobre padrões dentários em corpos mumificados
encontrados em uma ilha próxima a Unmei no Shima.
Meredith
deu para Celia um olhar sórdido.
— Oh,
claro — ela disse em silêncio. — Dentes, que fascinantes.
A
boca de Celia se comprimiu em uma linha, mas ela não respondeu.
Alaric
pegou a revista com um murmuro educado de interesse, e Meredith
franziu.
Stefan
franziu, também. Toda essa tensão zumbindo entre Meredith, Celia e
Alaric — e agora ele assistia, ele podia dizer que Alaric sabia
exatamente o que estava acontecendo entre as duas jovens e estava
lisonjeado, irritado e ansioso em partes iguais — estava
interferindo nos Poderes de Stefan.
Quando
ele se sentou para tomar sua primeira xícara de chá, seguindo
relutantemente as ordens de Elena para “ficar”, Stefan esteve
mandando pequenas partes de Poder, tentando sentir se Elena havia
chegado em casa, ou se alguma coisa havia ficado em seu caminho. Se
Caleb a tivesse parado.
Mas
ele não foi capaz de achá-la, mesmo com seus sentidos esticados no
limite. Uma vez ou outra, ele pegava o que parecia ser uma impressão
fugaz de um som bem específico, e uma aura que era
inconfundivelmente a de Elena, mas então ela sumia dele.
Ele
culpava o fato de não conseguir localizá-la a fraqueza de seus
Poderes, mas agora estava claro o que o impedia de encontrá-la.
Todas essas emoções nesta sala: os corações batendo, o aumento da
raiva, o picante aroma de inveja.
Stefan
se recompôs, tentou dominar a fúria que crescia dentro dele. Essas
pessoas — seus amigos, ele lembrou a si mesmo — não
estavam interferindo de propósito. Eles não conseguiam evitar suas
emoções. Ele deu um gole em seu chá morno, tentando relaxar antes
que perdesse o controle, e estremeu com o sabor. Chá não era o que
ele estava querendo, ele percebeu. Ele precisava logo sair até a
floresta e caçar. Ele precisava de sangue.
Não,
ele precisava descobrir exatamente o que Caleb Smallwood estava
tramando. Ele ficou em pé abruptamente, tão violentamente que a
cadeira rangeu vacilante por trás dele.
—
Stefan?
— Matt perguntou em sua voz alarmada.
— O
que foi? — Os olhos de Bonnie estavam enormes.
Stefan
olhou ao redor do círculo de distrações, agora todos olhando para
ele.
—
Tenho
que ir.
Então
ele se virou e correu.
16
Ele
andou por um longo, longo tempo, apesar de o ambiente nunca mudar. A
mesma luz turva filtrada com uma constante nuvem de cinzas. Ele se
arrastou através da sujeira, através da lama, atrás da água preta
que lhe cobriam os joelhos.
Ocasionalmente,
ele esticava seu pulso e olhava de novo para os cachos de cabelo.
Cada vez que fazia isso, o líquido mágico os clareava um pouquinho
mais, mudando de um fragmento de negrume fibroso para dois cachos de
cabelos brilhantes, vermelho e dourado.
Ele
continuou a andar.
Tudo
doía, mas ele não conseguia parar. Se ele parasse, ele voltaria a
afundar nas cinzas e lama, de volta ao seu túmulo... de volta à sua
morte.
Algo
sussurrou na ponta de sua mente. Ele não sabia bem o que estava
acontecendo com ele, mas palavras e frases giravam em sua cabeça.
Palavras
como abandonado, palavras como sozinho.
Ele
estava muito frio. Ele continuou andando. Após um tempo, ele
percebeu que estava murmurando:
—
Deixaram-me
sozinho. Eles nunca deixariam ele aqui.
Ele
não conseguia se lembrar quem era esse ele, mas sentiu uma
leve satisfação ao ressentimento que crescia. Ele se segurou nisso
enquanto continuava sua marcha.
Após
o que pareceu ser uma eternidade imutável, algo aconteceu. À sua
frente ele pôde ver o portal que ele havia imaginado: inspirado nos
castelos de contos de fada, preto como a noite.
Ele
caminhou mais rápido, seus passos se embaralhando com as cinzas. E
então a terra se abriu de repente debaixo de seus pés. No tempo de
uma batida de coração, ele estava caindo no nada. Algo dentro dele
uivou:
Agora
não, agora não.
Ele
se agarrou com todas as suas forças à terra, seus braços evitando
que ele caísse, seus pés balançando no vazio abaixo dele.
— Não
— ele gemeu. — Não, eles não podem... Não me deixem aqui. Não
me abandonem de novo.
Seus
dedos escorregaram, lama e cinza deslizando para baixo de suas mãos.
—
Damon?
— Uma voz incrédula rugiu.
Uma
grande figura muscular apareceu à sua frente, a silhueta em
contraste com as luas e planetas no céu, seu peito nu, grande,
emaranhados de cabelos caíam em espiral por cima de seus ombros.
Essa figura de homem abaixou-se e pegou-o pelos braços, levando-o
para cima.
Ele
gritou de dor. Algo embaixo da terra grudou-se em suas pernas e
estava puxando-o de volta para baixo.
—
Aguente
firme! — O outro cara resmungou, os músculos trabalhando.
Ele
fez um grande esforço e soltou o que que que estivesse
agarrado a Damon — Damon, o homem o havia chamado disso, e
parecia ser certo, de alguma forma. O outro cara deu um grande puxão,
e finalmente a força de lá embaixo o soltou, e ele subiu com tudo
para cima da terra, derrubando seu salvador.
Damon
estava ofegante no chão, exausto.
— Você
devia estar morto — o outro cara disse para ele, ficando em pé e
erguendo uma mão para Damon se estabilizar.
Ele
tirou um longo cacho de cabelo de seu rosto e olhou para Damon com um
olhar sério e agitado.
— O
fato de você não estar... bem, não estou tão surpreso quanto
deveria.
Damon
piscou para seu salvador, quem estava olhando para ele
atenciosamente. Ele molhou seus lábios e tentou falar, mas sua voz
não saía.
—
Tudo
esteve perturbado por aqui desde que seus amigos foram embora — o
cara disse. — Algo essencial se deslocou deste universo. As coisas
não estão bem.
Ele
sacudiu sua cabeça, seus olhos atentos.
— Mas
me diga, mon cher, como foi que você chegou até aqui?
Por
fim Damon conseguiu encontrar sua voz. Veio áspera e trêmula.
—
Eu...
não sei.
O
cara imediatamente foi todo cortês.
— Eu
acho que devido a situação, é necessário um Black Magic, oui?
E um pouco de sangue, talvez, e uma chance para se limpar. E então,
Damon, temos que conversar.
Ele
fez um gesto para em direção ao castelo negro à frente deles.
Damon hesitou por um momento, olhando para o vazio e cinzas ao seu
redor, então marchou atrás dele para a entrada.
Após
Stefan ter saído da sala tão de repente, todos só conseguiam
encará-lo enquanto ele fechava a porta da frente, sinalizando que
ele havia saído de casa bem rápido. Bonnie abraçou seus próprios
braços, tremendo. Uma pequena voz em sua cabeça disse que algo
estava muito, muito errado.
Celia
finalmente quebrou o silêncio.
—
Interessante
— ela disse. — Ele é sempre tão... intenso? Ou é só uma coisa
de vampiro?
Alaric
riu secamente.
—
Acredite
ou não, ele sempre pareceu ser calmo e prático para mim. Eu não me
lembro de ele ser tão volátil.
Ele
correu sua mão por seu cabelo de areia e adicionou pensativamente:
—
Talvez
seja o contraste com seu irmão que fez com que ele parecesse tão
racional. Damon sempre foi bem imprevisível.
Meredith
franziu pensativamente.
—
Não,
você tem razão. Essa não é a forma que Stefan age. Será que ele
está emocional por causa da ameaça de Elena? Mas isso não faz
sentido... ela já esteve em perigo antes. Mesmo quando ela morreu...
ele ficou de coração partido, mas fez com que ele ficasse mais
responsável, não mais selvagem.
— Mas
quando Elena estava morta — Alaric a lembrou —, a pior coisa que
ele poderia pensar já tinha acontecido. É possível que o que
esteja deixando-o tão agitado seja não saber qual ameaça está
vindo desta vez.
Bonnie
bebericou seu chá, zoneando enquanto Meredith fazia h'mmm
toda pensativa, e Celia erguía uma sobrancelha ceticamente.
— Eu
ainda não entendo o que você quer dizer quando diz que Elena
morreu. Está sugerindo que ela voltou dos mortos?
— Sim
— Meredith disse. — Ela se transformou em vampira, então ela
ficou exposta ao sol morreu fisicamente. Eles a enterraram e tudo
mais. Mais tarde... meses depois... ela retornou. Ela é humana
novamente, no entanto.
— Eu
acho isso tudo muito difícil de acreditar — Celia disse sem
rodeios.
—
Sinceramente,
Celia — disse Alaric, jogando suas mãos para cima em exasperação.
— Com tudo que você viu desde que chegamos aqui... sua echarpe
quase a sufocando, então mencionando um nome, Bonnie tendo uma
visão, Stefan praticamente voando para te salvar... Eu não sei por
que você diz que não acredita que uma garota conseguiu voltar dos
mortos.
Ele
pausou e tomou fôlego.
— Não
quis ser rude, mas é a verdade.
Meredith
sorriu.
—
Acredite
ou não, é verdade. Ele voltou dos mortos.
Bonnie
envolveu um logo cacho de cabelo vermelho em volta de seus dedos. Ela
assistia enquanto seu dedo ficava branco e vermelho em volta do
cacho. É claro que eles estavam falando da Elena. Todo mundo sempre
falava da Elena. Estando ela com eles ou não, tudo que faziam ou
pensavam era centrado em Elena.
Alaric
virou-se para adicionar para todo o grupo:
—
Stefan
parece estar convencido de que “ele quer você” significa ser o
Caleb, mas não tenho certeza que seja isso. Pelo o que eu vi das
visões de Bonnie, e o que vocês me contaram, é difícil elas serem
aquilo que está à nossa frente. A aparição de Caleb... se é que
era o Caleb... poderia ter sido uma coincidência. Você não
acha, Meredith?
Oh,
não se incomodem em me perguntar sobre as visões, Bonnie pensou
amargamente. Eu sou a única que as tem.
Porém,
não é sempre assim? Ela sempre era aquela que era esquecida.
—
Poderia
ser uma coincidência — Meredith disse duvidosamente. — Mas se
não era de Caleb quem ela estava falando, então quem é? Quem quer
Elena?
Bonnie
olhou por debaixo de seus cílios para Matt, mas ele estava olhando
para fora da janela, aparentemente avulso por completo da conversa.
Ela podia notar que Matt ainda amava Elena, mesmo se ninguém mais
soubesse. Era uma pena: Matt era demasiadamente fofo. Ele poderia
namorar qualquer uma, mas estava demorando demais para ele
esquecê-la.
Mas
ninguém parecia ser capaz de esquecer Elena. Metade dos garotos da
Robert E. Lee High School iam atrás dela melancolicamente, como se
ela pudesse tropeçar e cair em seus braços. Com certeza a maioria
dos garotos que Elena saiu havia ficado um pouco apaixonado por ela,
mesmo depois de Elena ter esquecido seus nomes quase que por
completo.
Não
é justo, Bonnie pensou, enrolando seu cabelo com mais força ao
redor de seu dedo. Todos sempre queriam Elena, e Bonnie nunca teve um
namorado que durasse mais do que algumas semanas. O que havia de
errado com ela? As pessoas sempre diziam que ela era uma
gracinha, adorável e divertida... e então olhavam para Elena, e era
como se eles não conseguissem mais ver Bonnie.
E
quando Damon, o incrível e sexy Damon, havia se apaixonado,
às vezes, por ela, quando ela não estava tentando enganar a si
mesma, ela sabia que ele não a havia visto, também.
Sou
sempre a reserva, esse é o problema, Bonnie pensou com tristeza.
Elena
era a estrela; Meredith, a heroína; Bonnie era a reserva.
Celia
limpou sua garganta.
—
Tenho
que confessar que estou intrigada com a aparição dos nomes — ela
disse rigidamente. — De fato eles parecem apontar algum tipo de
ameaça. Querendo ou não, a visão de Bonnie pode estar se referindo
a qualquer coisa.
Bonnie
lançou um olhar desagradável para Celia, mas Celia ignorou.
— Temos
que investigar com outros olhos ou algum contexto que possa explicar
a aparição dos nomes. Devemos descobrir se há algo na registrado
história humana parecido com esse tipo de coisa que está
acontecendo. Uma desgraça iminente, se quiserem chamar assim.
Ela
deu um leve sorriso para sua própria piada.
— Mas
o que investigaríamos? — Bonnie disse, encontrando-se respondendo
de má vontade para a maneira professoral de Celia. — Eu nem
saberia por onde começar a procurar por algo assim. Um livro de
maldições, talvez? Ou de mau presságios? Você tem algo assim na
sua biblioteca, Sra. Flowers?
A
Sra. Flowers sacudindo sua cabeça.
—
Receio
que não, querida. Minha biblioteca, como você sabe, é em suma
sobre ervas. Eu tenho alguns livros especializados, mas não me
lembro de nenhum que possa ser útil a este problema.
Quando
ela mencionou “livros especializados”, as bochechas de Bonnie
ficaram quentes. Ela pensou no grimório sobre comunicação com os
mortos, que ainda estava embaixo do assoalho de seu quarto, e rezou
para que a Sra. Flowers não tivesse notado que ele havia sumido.
Após
alguns segundos, suas bochechas estavam normais o bastante para ela
ousar olhar ao redor, mas somente Meredith estava olhando para ela,
uma elegante sobrancelha erguida. Se Meredith desconfiasse de alguma
coisa, ela não descansaria até ter toda a história contada por
Bonnie, então Bonnie deu a ela um grande sorriso e cruzou seus dedos
em suas costas, desejando boa sorte. Meredith ergueu sua outra
sobrancelha e olhou para ela com uma suspeita profunda.
— Na
verdade — Celia disse —, eu tenho um contato na Universidade de
Virgínia que estuda folclore e mitologia. Ela é especializada em
bruxaria, religião folclórica e todo esse tipo de coisa.
—
Você
acha que poderia chamá-la? — Alaric disse cheio de esperança.
Celia
franziu.
— Eu
acho que seria melhor se eu fosse lá por alguns dias. Sua biblioteca
não é tão bem organizada... eu acho que indica o tipo de mente que
estuda histórias ao invés de fatos... e deve demorar um pouco até
eu descobrir algo de útil. Eu acho que seria uma boa se eu saísse
um tempo da cidade, de qualquer forma. Após duas ameaças de morte
em dois dias — ela apontou para Meredith, quem corou —, estou
começando a achar que Fell's Church não seja o lugar mais saudável
para mim.
Ela
olhou para Alaric.
—
Você
pode achar a biblioteca dela interessante, caso decida vir comigo. A
Dra. Beltram é uma das mais conhecidas em sua área.
—
H'm...
— Alaric parecia sobressaltado. — Obrigado, mas seria melhor se
eu ficasse aqui e ajudasse Meredith. Estando ela com o tornozelo
torcido e tudo o mais.
—
H'mm-h'mmm
— Celia olhou para Meredith de novo.
Meredith,
quem continuamente aparentava estar mais deleitada a cada segundo
desde o momento em que Celia dissera que estava partindo, a ignorou e
sorriu para Alaric.
—
Bem,
eu acho que deveria ligar para ela e juntar minhas coisas. Não há
tempo a perder.
Celia
ficou parada, alisou seu vestido de verão, e saiu pela porta, a
cabeça erguida. Enquanto ela passava, ela tombou com a mesa próxima
à cadeira da Sra. Flowers, jogando seu tricô no chão.
Bonnie
soltou o fôlego quando Celia deixou a sala.
—
Ora,
francamente! — Ela disse, indignada.
—
Bonnie
— disse Matt em advertância.
— Eu
sei — disse Bonnie com raiva. — Ela ao menos poderia ter
dito “Perdão”, certo? E o que foi aquilo de ela pedir a Alaric
para ir com ela até a Universidade? Ele acabou de chegar,
praticamente. Ele não viu você há meses. É claro que ele não a
abandonaria de novo justo agora.
—
Bonnie
— disse Meredith, em uma voz estranhamente chocada.
— O
quê? — Bonnie disse, captando a estranheza em seu tom e olhando ao
redor. — Oh. Oh. Oh, não.
O
tricô da Sra. Flowers havia caído da mesa, e o emaranhado de fios
havia se enrolado pelo chão, desenrolando-se. Agora, em ondulações
de uma rosa claro, eles podiam ler claramente uma palavra sendo
escrita pelo carpete:
bonnie
Quando vai ter os próximos capítulos ? Vc vai continuar ??
ResponderExcluirCade os próximos capítulos ?
ResponderExcluirÉ ?? Vc n vai continuar ??????? Quero saber o q vai acontecer c/ o Damon ???????
ResponderExcluirprooximos capituloos :(
ResponderExcluirpararam de postar?
ResponderExcluirquando vão ser postados os próximos capítulos???
ResponderExcluireu quero o proximo por favor ><
ResponderExcluirProximos capítulos!!!!!! please!
ResponderExcluirQuando sai os próximos capítulos? Muito anciosa para ler
ResponderExcluircade os capítulos seguintes?? por favor, quero muito ler!!!
ResponderExcluircadeee o proximo??!!
ResponderExcluirCara!!! Kd os próx capítulos??????
ResponderExcluirquando vai voltar os capitulos? D:
ResponderExcluirja estamos em maio e nada :(
porfavor publiquem novos capitulos
ñ quem responda qdo os próx cap estarão por aqui??
ResponderExcluirkd o resto dos capitulos o que acontece com a bonnie?? e damon volta pra dimensao da terra??e meredith com alaric oque acontece??e a doida da celia (nao goatei dessa vaka)
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